Palestra: Família, escola e cidadania: quais os caminhos

Mario Sérgio Cortella é um filósofo brasileiro, professor, ex-secretário municipal de educação de São Paulo (1991-1992) e autor de diversas publicações nos temas educação libertadora, ética, multiculturalidade, antropologia filosófica, epistemologia e currículo.

Mário Sergio cita, de uma forma descontraída, que as pessoas pararam de fazer “pamonha”. Isso é simbólico porque a idéia de fazer pamonha era a reunião da família nesse processo com o objetivo de conversar, trocar experiências, ou simplesmente se relacionar. Nesse momento os filhos começavam a aprender que tudo demora um tempo para ser realizado. Na atualidade tudo é “fast”, tudo precisa ser rápido e as pessoas não têm mais paciência para esperar. O microondas, por exemplo, aposentou a convivência familiar porque cada um come o que quer e na hora que quiser. A juventude cresceu vendo os pais retirarem dinheiro nos caixas eletrônicos e muitas vezes não conhecem o processo de trabalho e o esforço envolvido em uma atividade remunerada, eles apenas “exigem” que seus desejos materiais sejam atendidos.
Ele também cita outro exemplo interessante do que é considerado moderno e tecnológico e que é prática comum das famílias, o drive thru, onde você entra com o carro, pede a comida através de uma máquina e sai comendo, bebendo, falando no celular e dirigindo, ganhando tempo. Tempo pra quê ? As chamadas gerações tecnológicas não tem noção de tempo, não sabem que determinadas coisas precisam de um certo tempo para ocorrerem. Outro exemplo são as amizades, pois a mesma velocidade em que se aperta o botão para adicionar mais um amigo é a mesma para descartá-lo.
É fato constatado que as tecnologias transformaram a nossa forma de viver e conviver em sociedade. A tecnologia controla o homem ? ou o homem controla a tecnologia ?

Espero que gostem do vídeo.

As relações familiares e o uso da tecnologia

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A sociedade tem se deparado com enormes mudanças nas relações familiares pelos efeitos causados através do uso intensivo de aparatos tecnológicos. Hoje, o cotidiano familiar se aproxima do ambiente de trabalho. Alguns modelos de gestão empresarial são trazidos para o lar, como por exemplo, as pessoas passaram a terceirizar tarefas domésticas, o transporte dos filhos à escola ou à passeios, os cuidados básicos com as crianças, isso é muito freqüente devido à necessidade de demonstrar um maior desempenho no emprego e por isso os pais ficam ausentes de casa na maior parte do tempo ou estendem seu trabalho ao lar. Aí entra a falta de tempo livre para a convivência entre pais e filhos.

Entra em cena o “complexo de culpa” dos pais e atitudes desesperadas para compensar sua ausência. Surge a idéia de que o mais importante não seria a quantidade de horas presentes com os filhos e sim a qualidade dessas horas. Será? Não dá pra ser pai ou mãe em um minuto, alguns hábitos e ações precisam de tempo para ser construídos.

A tarefa de encontrar um tempo para se relacionar com os filhos se torna um objetivo encarado como uma tarefa de trabalho a ser executada e as “maravilhosas” ferramentas tecnológicas surgem com a finalidade de promover essa relação.

A sociedade em rede, citada por Manuel Castells, é resultado das mudanças ocorridas em diversos âmbitos da existência humana, mas a internet é um ponto crucial para o desenvolvimento desse tipo de sociedade, e é nessa plataforma que se tem dado a relação familiar, é onde os conflitos surgem e terminam.

Juntamente com as ferramentas para comunicação à distância, temos alguns aparatos que ajudam os pais a saberem o que os filhos andam fazendo durante sua ausência, esse é um típico exemplo da sociedade de controle, citada por Gilles Deleuze. Assim como as empresas usam esses recursos para saber como os funcionários usam a internet, por exemplo, a tecnologia fornece aos pais a sensação de que, mesmo ausentes, conseguem controlar a vida de seus filhos e estar por dentro do que acontece com eles.

A família é uma instituição disciplinar e suas relações oferecem base para a construção educativa e das identidades de um indivíduo, porém a família também é uma instituição de controle e as tecnologias trouxeram novas relações de poder entre pais e filhos. Hoje, existem vários tipos de softwares que enviam relatórios periódicos aos pais descrevendo tudo o que os filhos fazem no mundo virtual. Antes, os pais escutavam conversas telefônicas ou liam o diário dos filhos.

De fato, o modelo de sociedade está em constante transformação, da modernidade à contemporaneidade temos um processo de transição entre a sociedade disciplinar, citada por Michel Foucault, para uma sociedade de controle citada por Gilles Deleuze. Saímos de um cárcere total para o controle aberto e contínuo. A família é uma parcela dessa sociedade que acompanha essa transição diretamente influenciada pela tecnologia.

Fernanda Garcia

A influência da televisão no comportamento infantil

por: Elisandra Cecilia Schwanka

A Influência da Televisão no Comportamento Infantil

A Influência da Televisão no Comportamento Infantil

“As crianças aprendem não apenas o que lhes é dito que devem fazer, mas principalmente o que veem ser feito por outras pessoas. Enquanto antigamente os modelos eram quase exclusivamente os pais e os membros mais íntimos da família, atualmente os modelos são fornecidos amplamente pela comunicação de massa (jornais, revistas, cinema e, especialmente, a televisão). (BIAGGIO, 1976 , p. 169)

Uma das grandes preocupações dos pais e educadores (conscientes) hoje em dia, é o fato da TV ter-se transformado em babá das crianças, gerando uma série de consequências em seu comportamento. Porém, como vários estudos serão indicados, é muito difícil explicar as relações claras de causa e efeito entre exposição à violência na TV e o comportamento das crianças na vida real.
Bolsanello (1981, p.357) comenta que Vladimir Kosma Zworrynkin, inventor da televisão, afirmou em uma de suas entrevistas, que sua intenção ao inventar a televisão “era empregá-la para educar e transmitir cultura ao povo, mas que, quando liga a TV, hoje, só escuta “bangue-bangue””.
Experiências em todo mundo tem comprovado que a TV, nos últimos 235 anos, tem mudado o comportamento de milhões de pessoas, a ponto de uma geração não se adaptar aos padrões de uma geração mais jovem.
Sociólogos, psicólogos, pedagogos, pensadores e outros profissionais têm procurado estudar fenômeno explicar até que ponto e em que medida a TV é responsável por essas alterações no comportamento humano. No entanto, muitos afirmam que a TV estimula o desenvolvimento da inteligência e deforma a personalidade. Aqui é que cabe a verdadeira pergunta. Quem é o principal responsável pelo suposto aumento da violência entre o público infantil de televisão? A técnica, o veículo de comunicação reforçador de comportamentos? Ou uma situação social que fornece campo para proliferação desses valores e exige que os veículos os reforcem para sobreviver?
Atualmente observa-se uma realidade difícil onde todo mundo é obrigado a lutar pela sobrevivência a tentar atingir alguns padrões sociais, importantes até para manutenção da família, uma situação que gera falta de comunicação no ambiente familiar, por causa do cansaço de cada membro, das circunstâncias pouco propícias ao desenvolvimento comuns. Sendo assim, com esta falta de diálogo entre a família, a TV entra como meio de preencher o vácuo, trazendo uma realidade que pode ser vivida de forma simbólica, fictícia. A criança utiliza a televisão para concretizar ansiedades e objetivos sem precisar passar por uma série de experiências difíceis.
No caso da criança, não se trata apenas de conhecimentos incorporados a experiências anteriores, ela já começa a receber informações, a captar a realidade de uma forma bem diferente da nossa. Veja-se, por exemplo, a distância que vai entre demonstrar que a terra é redonda através de imagens e explicações verbais (que foi como nós adultos aprendemos) e a mesma informação recebida quando um satélite mostra a terra redonda, perfeitamente visível no espaço. Basta esse exemplo para por em evidência um fato importantíssimo: a própria maneira de a criança receber a realidade através da televisão coloca em questão a forma estruturada de o adulto lidar com a realidade que está fora dele. A criança começa a ver as coisas com uma velocidade muito maior que a nossa. Em poucas palavras, o caminho que o adulto segue para explicar o que está fora dele é velho. E o adulto também é velho, na medida em que a criança está vivendo uma realidade muito mais rápida, exacerbada pela televisão. Por isso, a pergunta que devemos nos fazer é: A televisão pode ser a responsável por diversos males na família, por que acelera o questionamento da autoridade dos pais? Vivendo e aprendendo mais rápido que os pais, a criança contesta sua autoridade, sua paciência?
Mas esse distanciamento criado pela TV entre pais e filhos não depende dela, por ser apenas veículo, e sim da atitude diante dela: uma atitude passiva. O adulto senta-se, olha, não comenta. Usa a televisão de maneira individualista; não divide as experiências vividas através da TV. Pelo comportamento imitativo a criança tem a mesma reação. E usufrui individualmente das experiências, quando poderia vive-las coletivamente, familiarmente, em comum.
Neste caso o papel de pais e educadores é convidar as crianças a se expressarem sobre os programas a que assistem, pois desta forma estarão libertando as crianças do silêncio passivo.
A dificuldade do adulto em construir um novo relacionamento familiar muitas vezes acaba fazendo a culpa recair sobre a televisão que, consequentemente, é negada a criança. E essa não é a melhor maneira de lidar com o problema. A televisão como o cinema, como o livro, como o gibi, são multiplicadores de cultura, fenômenos culturais que vieram para ficar. Mudando o que o homem vive, o que o homem é.
Se negarmos a criança de hoje a realidade que é a televisão, como poderá relacionar-se com essa realidade quando adulto? Como a utilizará para construir a realidade de seus filhos? Negar esse novo dado e as transformações que provoca seria negar uma série de transformações que virão depois de nós e a partir de nós.
Segundo Bolsanello (1981, p.359), algum tempo atrás, um rapazinho de 15 anos foi julgado por ter atirado uma bomba, fabricada por ele, em seus professores. Ele declarou que tivera a ideia assistindo a televisão. O advogado que o defendeu argumentou que o rapaz foi exposto aos “horrores” da televisão e que, portanto era natural que tentasse imitar o que vira.
O mesmo se poderia dizer de outro garoto que se atirou da janela de um edifício, porque achava que poderia voar como Batman, ou de um terceiro que pôs vidro na comida, para ver se faria em sua família o mesmo efeito que o presenciado por ele na TV.
Outro fato semelhante comenta Costa (2000, p.45) sobre um garoto de 9 anos que esfaqueia uma menina de 7, e o mesmo afirma que agiu inspirado no filme “ Chucky um brinquedo assassino” que havia visto na TV uma semana antes.
Acontecimentos como estes alimentam discussões sobre o impacto e influência da TV. Para alguns inimigos da Televisão esse meio de comunicação é uma força destruidora, desagregadora da vida normal, capaz de minar as famílias, os padrões tradicionais e a moralidade, colaborando para a desintegração do sistema social. Acusam a televisão de corromper os jovens e causar indisciplina nas escolas. Outros simplesmente criticam a baixa qualidade das emissões de TV, que, assim, entorpeceriam a atividade intelectual de seus espectadores mais assíduos.
A televisão, em si mesma, é apenas um aparelho eletrônico, engenhoso e admirável, capaz de irradiar sons e imagens num ponto e recebê-los em outro. Seus pioneiros nunca poderiam prever impactos sociais de sua invenção. Talvez tenham enumerado seus possíveis benefícios e usos em muitas áreas da vida, que logo ultrapassaram de longe os sonhos mais ousados, mas não imaginaram que a televisão se tornaria um instrumento tão poderoso de comunicação de massa. No início, parecia impossível que pudesse superar todos os outros meio de comunicação.
Como quaisquer outros eventos revolucionários, o trem e o automóvel, por exemplo, que transformaram a vida dos homens, quer eles façam ou não uso deles, a televisão se tornou parte de nosso cotidiano.
Para Carlsson e Feilitzen (2002, p. 22) “As influências da violência na mídia estão, via de regra, em foco”. Porém o tipo de violência na mídia que é mais levada em consideração nos debates públicos e pesquisas de violência visível, física, ameaça e lutas, assassinatos, etc. Entretanto, além desses elementos físicos de violências, há também outros tipos de violência que têm recebido menor enfoque – a violência estrutural e mental, cujas responsáveis e vítimas nem sempre podem ser identificadas e cujas causas e consequências são mais difíceis de analisar, pois em regra, elas estão profundamente enraizadas na cultura e na sociedade em geral.
A autora cita que a maioria das crianças e jovens, em uma pesquisa realizada em nível nacional nos EUA, quando veem crianças na TV, elas estão envolvidas com crimes, drogas ou violência. De acordo com um garoto norte-americano: “as pessoas se inspiram no que vêm na TV. Se elas não se veem a si próprias na TV, vão querer ser outra pessoa”.

Referências
BIAGGIO, A.M. B. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976.
BOLSANELO, A. A infância. In: Análise do comportamento Humano em Psicologia. (Conselhos). 3ed. Curitiba: Educacional Brasileira, 1981.
CARLSSON, U. e FEILITZEN,C.V. (orgs). A criança e a mídia: imagem, educação e participação. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2002.
COSTA, C. TV, um brinquedo assassino. In: Revista Educação, mar2000, p 42-45.

Disponível em http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/14147/a-influencia-da-televisao-no-comportamento-infantil

Tecnostresse e família

Estou disponibilizando um link referente à um artigo escrito pela professora Hilda Alevato intitulado como “Tecnostresse: entre o fascinio e o sofrimento”, que tem tudo a ver com o tema do blog. Ela fala sobre os problemas causados pelo excesso de estímulos tecnológicos, ou seja, quando um indivíduo se depara com estímulos tecnológicos reage de forma estressada por causa das adaptações que devem ocorrer dentro de si para aceitar tais tecnologias.

Como o artigo é longo tomei a liberdade de relacionar abaixo apenas alguns trechos relacionados ao tema do blog. Quem tiver interesse no assunto é só acessar o link e ler na íntegra o artigo, é uma leitura interessante.

Boa leitura !

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TECNOSTRESSE E FAMÍLIA

Há menos de um século as pessoas acordavam, tomavam um café da manhã à mesa com a família e iam para o trabalho, a pé ou a cavalo. Muitos voltavam para o almoço em casa, e, no final da tarde, depois de desempenharem funções costumeiras, retornavam ao convívio da família.

À noite, cadeiras em roda facilitavam as conversas ao som de um rádio fanhoso que trazia notícias escassas, enquanto crianças brincavam sob o olhar dos pais. Um livro para ler, o jantar em família e o descanso regular fechavam o dia dos homens. Mais recentemente, um vizinho ou outro que possuía um aparelho de televisão reunia os amigos para uma programação especial.

Revistas e jornais impressos tratavam de questões locais, aqui e ali informando sobre o que acontecia no mundo fora da comunidade.

Comparando com a vida atual, percebe-se o quanto a rotina familiar mudou. Na atualidade, mesmo naquelas residências onde a mesa de jantar ainda reúne a família frequentemente o aparelho de televisão ligado concentra as atenções, enquanto uma pessoa silencia a outra em nome de uma notícia que está acompanhando ou de uma cena do filme ou da novela que não quer perder. Mesmo que ninguém esteja prestando atenção à programação exibida, ainda assim as trocas verbais ficam muito limitadas em comparação às vividas sem a presença do televisor ligado.

Jogos eletrônicos, computadores pessoais e outros equipamentos também contribuem para limitar os contatos interpessoais entre pais, filhos, irmãos e casais, levando cada qual para seus interesses/obrigações e inviabilizando a vazão de afetos, aflições, sentimentos e dúvidas que sustentavam a conversa entre familiares. Os elos de confiança capazes de descarregar angústias, os relatos opinativos e outras formas de comunicação do grupo de convivência doméstica ficam em segundo plano. A falta de intimidade cobra um alto preço na solidão e no isolamento que, paradoxalmente, contribuem para a ânsia por contatos virtuais.

A ampliação dos canais de comunicação oferecidos pelas ferramentas digitais favorece o desenvolvimento de uma ampla rede de “amigos”, próximos ou distantes, segmentados por interesses dos mais diversos: religião, esportes, cultura, ciência, moda ou qualquer outro tema.

Um grupo familiar permeado por vivências individualizadas e centradas em interesses privados deixa suas marcas tanto quanto um grupo rico em interações afetivas. A substituição de relações interpessoais diretas por relações mediadas pela máquina ou por jogos, navegação na internet e outros elementos de distração solitária tende a realimentar-se e contagiar outros elementos do grupo, contribuindo para uma espécie de “solidão a dois” ou mais, que propicia dificuldades na comunicação de sentimentos (típica do grupo familiar) e a partilha das angústias pessoais e sociais. Ao mesmo tempo, através da criação e da personalização de avatares é comum a manipulação de diferentes personalidades nos contatos virtuais, favorecendo a emergência de canais de expressão de dimensões pouco trabalhadas do Eu.

Novas questões têm sido apresentadas à sociedade, tais como a alta incidência de doenças pouco frequentes há algumas décadas, como a hiperatividade infantil ou o transtorno de déficit de atenção.

Outra questão que vem exigindo maior atenção da sociedade nas últimas décadas se refere ao convívio entre as várias gerações. A distância geracional que dificultava o diálogo e marcava a época em que ser adulto era o ideal da sociedade tem hoje características muito diversas. Hoje, a juventude é o modelo almejado – veja-se o excesso de ênfase em músculos delineados, a quantidade de cirurgias plásticas realizadas, o uso exagerado do “botox”, a idealização da vida ativa como um eterno fim de semana – e a velhice é alvo de eufemismos (terceira idade, melhor idade etc.), que tentam desassociar o homem que envelhece dos preconceitos que o cercam. Os que “vivem como velhos” são estorvos que não acompanham o ritmo do mundo Contemporâneo.

As dificuldades que o jovem enfrenta hoje estão mais próximas da falta de referências parentais do que das exigências e limites que os antigos pais impunham.

A juventude como modelo também torna precoces algumas práticas antes vivenciadas apenas no fim da adolescência. O desenvolvimento da sexualidade, presente em todas as fases da vida humana, parece saltar etapas, antecipando o final da infância com todas as suas nuances e consequências. As aprendizagens relativas às relações sexuais, antes limitadas a uma revista escondida ou a um colega mais experiente, hoje estão disponíveis para qualquer um, em todo tipo e qualidade de vídeo, na tela da TV ou do computador mais próximo.

A infância parece também abreviada por modos de ser e de agir típicos da juventude e cobranças que transformam a criança numa espécie de pequeno adulto cheio de compromissos de agenda, modas a seguir e pais ocupados com inúmeras demandas, derivando um relativo descuido com seu desenvolvimento moral.

Há algumas décadas, os valores guardavam características mais locais (comunidade, família etc.), favorecendo a semelhança de atitudes de pais e educadores em relação à educação de crianças e jovens. Hoje, os valores se estruturam com referências planetárias (ecologia, inclusão etc.), ampliando incomensuravelmente o espectro de modelos orientadores.

ALEVATO, Hilda. Tecnostresse: entre o fascínio e o sofrimento. Disponível em http://www.senac.br/BTS/353/artigo-06.pdf Acesso em 28/06/2013.

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Dependência Digital

Dependência Digital

Acessar a internet é algo tão corriqueiro quanto, digamos, apertar o botão do controle remoto para ligar a televisão ou atender o telefone, certo? Mais ou menos. Como em qualquer atividade que dá prazer, é preciso muito cuidado, pois o risco de se viciar é enorme. Assim como outras dependências — álcool, drogas e jogos — a ‘netcompulsão’ pode tornar a pessoa refém e, por tabela, fazê-la perder o controle da própria vida.

A preocupação já chegou ao Brasil. Estima-se que pelo menos 10% dos usuários brasileiros, quase 2 milhões, já estão dependentes. Afinal, o país possui cerca de 19,3 milhões de usuários domésticos e os que mais tempo permanecem conectados à rede, à frente dos Estados Unidos e do Japão.

Desde 2002, por exemplo, o Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Informática da Pontifícia Universidade Católica (PUC), em São Paulo, um dos pioneiros no assunto, vem trabalhando na pesquisa, diagnóstico e tratamento dos dependentes da net. Por lá passam pessoas principalmente entre 25 e 45 anos, o que já demonstra algumas das características em comum dos dependentes, como depressão ou timidez excessiva. Não é à toa que os sites mais freqüentados sejam justamente os que promovem maior facilidade de relacionamento, como as salas de bate-papo e, mais recentemente, os jogos virtuais que apresentam algum tipo de interação social, como o second life e o ragnarok. Este último, criado na Coréia do Sul, como o SL, é comunidade virtual, em que cada um vive um personagem e interagem entre si. No Brasil, já se tornou uma febre. Nos quatro primeiros meses, após seu lançamento, já contava com mais de 11 mil usuários. “Sites pornográficos e de apostas também são muito procurados”, diz a estudiosa Luciana Ruffo, psicóloga da PUC (SP).

Sintomas semelhantes
Não existe um perfil formal para o dependente de internet, mas algumas características em comum. No Brasil, como nos Estados Unidos, no entanto, é constatado um grande número de pessoas acima dos 50 anos dependentes da internet. “Mas, atendemos pacientes dos 12 aos 75 anos de idade. Quanto à classe social, não existe privilégio. Hoje em dia você pode, com R$ 1, acessar a internet em qualquer lan-house do país”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O que nos surpreendeu foi a presença de muitas mulheres acima dos 40 anos”, destaca. Os sintomas do distúrbio são clássicos: a pessoa deixa de se relacionar com parentes e amigos, se afasta da família, não sai mais de casa e, quando questionada sobre quanto tempo está na internet, se esconde e mente. Outro fator importante: a maioria dos pacientes não percebe, e não admite para si mesmo, que está com problemas pelo uso abusivo do computador.

Facilidade gera dependência
Para Luciana, dois fatores influenciaram no aumento da dependência: facilidade e controle do acesso à internet. A banda larga, pela rapidez, facilitou o acesso, contribuindo para o crescimento de usuários. O controle, muito maior entre pessoas com mais de 18 anos — ao contrário dos adolescentes que dependem da vigilância dos pais —, é uma indicação de que o número maior de dependentes esteja justamente nas faixas etárias acima dos 20 e até os 50 anos.

“A dependência da internet é um distúrbio psicológico”, avalia Luciana. “Por isso, diagnóstico e tratamento são fundamentais”, explica. Mas, afinal, é possível identificar um dependente da net apenas pela quantidade de horas que ele fica em frente ao computador? “Certamente, este pode ser um dos fatores, mas não é o único e nem sempre só isso será um sinal positivo”, explica a psicóloga.

Um adolescente que acabou de ganhar o mais novo game, por exemplo, pode passar um fim de semana inteiro jogando, mas isso não quer dizer que ele esteja dependente. A regra, nesse caso, não difere muito do que acontece com outros tipos de dependência. “O mais importante é perceber como a internet está interferindo na vida diária, nas suas atividades, no contato com parentes e amigos”, classifica Luciana. Na prática, essas pessoas entram num círculo vicioso em relação à vida social. Lazer e outras atividades perdem espaço para a internet. É o caso da aposentada Samira (nome fictício), de 54 anos. “Deixei de fazer todas as tarefas que estava acostumada no meu dia-a-dia”, conta. “Ligava o computador pela manhã e só desligava na alta madrugada”, lembra.

Samira foi salva por um dos filhos. “Ele vivia chamando a minha atenção, mas eu achava ele que estava exagerando”, revela. Só que numa viagem para a praia, que adora, teve que reconhecer o problema. “Não parava em lugar nenhum. Fiquei desesperada para ver meus e-mails. Neste momento, percebi que não estava bem e precisava de ajuda”. Samira iniciou a terapia no grupo do HC. “Foi maravilhoso. Descobri que transferia toda a minha ansiedade para a internet”, confessa.

Ajuda em tempo real
A grande procura por ajuda impulsionou o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a criar um grupo específico para o tratamento de pacientes viciados na internet. Coordenada pelo psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, a equipe do HC foi criada, em 2006, para atender a demanda pela procura de ajuda de pessoas dependentes da rede. Abreu se surpreendeu com a quantidade de interessados. “No primeiro grupo, selecionamos 14 dependentes. Sete foram até o fim do tratamento e conseguiram se curar”. Segundo o psicólogo, o dependente da internet, na maioria das vezes, apresenta outros distúrbios, como depressão, fobia social e timidez. “Ele usa o site, antes de mais nada, como uma forma de se relacionar”, avalia. Para Abreu, a terapia em grupo é a maneira mais eficaz para se combater o distúrbio. “Os pacientes têm a oportunidade de se apoiar um no outro, trocar e compartilhar experiências semelhantes”, completa.

Já no Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Informática, da PUC, a preferência é pela terapia individual. “O problema pode e deve ser tratado até quando for necessário, isto é, até a pessoa voltar a ter uma vida normal”, explica Luciana.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/Edicoes/56/artigo67924-1.asp/

Onda high tech: é possível viver sem tecnologia?

Onda high tech: é possível viver sem tecnologia?

A tecnologia vem mudando hábitos. São mais de 250 milhões de celulares no Brasil, e quase 50 milhões com acesso a internet.

Alan Severiano São Paulo, SP – Edição do dia 25/07/2012

Tem uma coisa que não falta no país inteiro. Para onde se olha tem alguém conectado a algum aparelhinho. É o celular, tablet e computador portátil: tudo ao mesmo tempo. É normal? É saudável? É possível viver de uma forma diferente?

Nas ruas, as pessoas acham dificil. “Não ficamos mais sem celular, sem internet e sem estar conectado”, afirmou uma mulher. “Fico praticamente um tempão conectado”, confirmou um jovem. “Hoje você tem tudo no smartphone. Então, o mundo de verdade, está difícil de conciliar uma coisa a outra”, disse um homem.

O mundo cabe na palma da mão. E é entorno da tecnologia que a vida de Gustavo Café gravita. “A quantidade de informações que você consegue é impressionante”, apontou.

É com o celular inteligente que ele acorda. Companheiro inseparável, o aparelho tem um programa que lembra até a hora de tomar água. No trabalho, a atenção é dividida com um computador de mesa e o tablet, e não raro usa mais de um ao mesmo tempo.

E se amigo é para todos os momentos, foi pelo celular que ele aprendeu a dar nó na gravata, minutos antes de ser padrinho de um casamento. “Eu parecia um louco na frente da igreja, com o celular em uma mão e tentando dar o nó, mas deu certo no final”, disse o analista de marketing.

O consolo é saber que Gustavo não está sozinho. “Sou dependente do celular e não gostaria de sair dessa dependência. Estou feliz assim”, falou Beatriz Ambrósio.

Já são mais de 250 milhões de celulares no Brasil, quase 50 milhões com acesso a internet, isso sem contar os computadores ligados a rede sem fio. A tecnologia mudou hábitos.

“O meu filho reclama, diz que tem um pai virtual. Ele estava querendo uma mochila nova, eu pedi que me mandasse um link da mochila, para que eu comprasse via internet e já mandar entregar em casa”, conta Jeverson Alves, gerente de telecomunicações.

É um fenômeno recente, ainda pouco estudado, típico de uma sociedade que acredita que, quanto mais informado, mais bem sucedidos serão as pessoas na vida pessoal e na vida profissional. A questão é saber até que ponto tanto estímulo faz bem ao cérebro.

“Uma linha de pesquisa vai dizer que, a partir do momento que você se volta demasiadamente para a tecnologia, na verdade você estaria perdendo muitas experiências fundamentais para sua formação. A outra linha vai dizer que sim, é muito positivo, na medida em que eu estou sendo bombardeado de muitas informações com capacidade de ser multitarefas. Vai haver um aumento no QI dos jovens que desfrutam desta tecnologia. É ótimo, é maravilhoso, desde que você não fique escravizado por ele”, esclareceu Cristiano Nabuco, psicólogo.

Na PUC de São Paulo os psicólogos atendem pela própria rede os dependentes de internet. Entre os inúmeros pedidos de ajuda que chegam por e-mail, um chamou a atenção. “Uma mãe de um adolescente dizia que este menino não saia mais da frente do computador nem para ir ao banheiro. Ele mantinha um baldinho próximo do computador”, Rosa Farah, psicóloga da instituição.

A psicóloga explica que, quando a dependência é muito forte, a principal consequência para os adolescentes é a queda do rendimento na escola. Os adultos costumam ter problemas no trabalho e no relacionamento conjugal, mas nem tudo é motivo para preocupação.

Pesquisas internacionais mostram que 10% dos usuários de internet passam por um período de sedução, que vicia, mas é transitório. “Tem muita coisa saudável desse uso, e muito desse encantamento traz benefícios. É muito lúdico também lidar com esses aparatos. A recomendação é que se tenha bom senso e autocrítica”, disse Rosa Farah.

Fonte:http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/07/onda-high-tech-e-possivel-viver-sem-tecnologia.html

Como é a família “sem fio” (ou wireless) de hoje ?

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A família sem fio está crescendo. Com a infinidade de lançamentos a cada ano, vai ficando difícil encontrar um membro da família sem um dispositivo móvel.

As crianças ganham seus celulares cada dia mais cedo e seus pais, que cresceram sem internet, estão aprendendo a navegar na internet.

Então, como está a família sem fio de hoje? De acordo com a CTIA, The Wireless Association, 70% das crianças menores de 12 anos estão utilizado um dispositivo móvel, e mais da metade das crianças entre 8 e 12 têm um telefone celular.

Como a tecnologia chegando cada dia mais cedo nas famílias, os pais estão tentando entender o que os seus filhos fazem online e o que eles fazem com seus aparelhos.

A maioria dos pais (86%) sentem que seus filhos estão seguros online e uma esmagadora maioria (91%) pensam que sabem o que seus filhos adolescentes são até na Internet.

A CTIA reuniu uma lista de dicas para garantir aos pais que seus filhos estão usando telefones celulares de forma responsável, bem como algumas estatísticas sobre como a tecnologia afeta a educação em casa e na escola.

Confira o infográfico, abaixo, para mais detalhes:

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Sobre Pedro Cordier

Pedro Cordier é CEO da Equilibra Digital, consultor, palestrante e especialista em Comunicação, Criatividade e Conectividade. Mestrando em Cibercultura pela UFBA, formado em Marketing e Pós-graduado em Jornalismo Digital, Cordier é professor em cursos de Graduação e de MBA (Gestão Estratégica em Mídias Sociais), onde ministra a disciplina “Criatividade e Inovação”. Como Creative Technologist da agência Única, ganhou o prêmio colunistas Norte-Nordeste pelo case “Tweetdoor”, em 2011 e o 1º lugar, em 2012, na categoria Reconhecimento de Marca (também com o case “Tweetdoor”) pela Internacional Newsmedia Marketing Association (INMA), uma das mais tradicionais premiações do planeta. Eleito “o melhor perfil de Profissional de Comunicação no Twitter” em 2010 e em 2011 (votação promovida pelo site Midiatismo). Eleito em 2012, um dos 100 Top Marketing Professors on Twitter pela conceituada revista Social Media Marketing Magazine.

Fonte: http://www.ibahia.com/a/blogs/conectividade/2013/03/18/como-e-a-familia-sem-fio-ou-wireless-de-hoje/

Até que ponto o mundo da tecnologia deve ter influência nas nossas vidas?

Um homem ao ar livre e conectado na internet

A tecnologia, internet, e demais adventos tecnológicos vieram para modificar de vez a vida cotidiana das pessoas. Até poucos anos atrás não se imaginava o mundo como é hoje, e em boa medida esse desenvolvimento se deu graças aos avanços tecnológicos. É fato que a internet melhorou e facilitou nossa vida em muitos aspectos, mas algumas pessoas defendem que ela também contribui de forma negativa.

 

Facilidades proporcionadas pela tecnologia, internet

Nos últimos 20 anos o mundo se desenvolveu com uma velocidade nunca vista antes. A chegada e popularização da internet abriu portas para que diversas atividades do dia-a-dia pudessem ser readaptadas. Talvez o maior exemplo disso seja a invenção do internet banking, meio pelo qual o cliente pode acessar sua conta no banco pelo computador ou até mesmo celular e ainda realizar as mais diversas operações bancárias.

Outra facilidade que a tecnologia, internet, proporcionou foi a possibilidade de comprar produtos sem sair de casa. Hoje grande parte das lojas possui site e disponibiliza loja online para o cliente adquirir os produtos sem precisar enfrentar o trânsito. Além disso, o acesso à informação ficou muito mais fácil e rápido, descentralizando o poder que os meios de comunicação tinham até pouco tempo atrás. No entanto, alguns estudiosos apontam possíveis problemas ocasionados pela internet.

Possíveis problemas do advento tecnológico

Acima foram mostradas algumas vantagens que a tecnologia, internet, gerou na vida cotidiana das pessoas. Além daqueles, existem muitas outras melhorias, mas é necessário lembrar que o advento tecnológico também prejudica determinados setores da vida social. Por exemplo, o uso excessivo da internet pode levar o indivíduo a se isolar do mundo. Ao mesmo tempo que a tecnologia, internet, garante meios de tornar as pessoas mais próximas e comunicáveis virtualmente, ela pode contribuir para que as relações no mundo offline se extinguam. Outro problema que a tecnologia pode causar nesse sentido é de fazer as pessoas ficarem dependentes dela.

O computador se tornou peça fundamental da vida do século XXI, mas ainda é possível sobreviver sem ele. O papel e a caneta, os livros e bibliotecas ainda conseguem garantir o seu espaço dentro deste mundo tão desenvolvido. Por isso é necessário entender que os avanços tecnológicos vêm para tentar melhorar o cotidiano do indivíduo, mas ao mesmo tempo deve-se ter ciência de que a vida continua mesmo sem esses aparatos.

É necessário fazer bom uso da internet. Tudo que é excessivo faz mal. O mesmo é válido para a vida online. A internet ajuda nos mais variados setores da vida profissional e pessoal, mas é importante lembrar que o mundo sem ela existe. Uma maneira saudável de aproveitar sem exageros é reservar um tempo do seu dia para descansar a cabeça e ficar longe de todo esse avanço tecnológico.

Fonte: http://www.criativaon.com.br/tecnologia/ate-que-ponto-o-mundo-da-tecnologia-deve-ter-influencia-nas-nossas-vidas-quais-sao-as-desvantagens-e-vantagens/

Crianças reféns da tecnologia

Crianças reféns da tecnologia

As novas tecnologias e formas de comunicação estão isolando as crianças nos mundos virtuais e com isso estão sendo formadas gerações narcisistas e despreparadas para o convívio social no mundo real.

Quem tem mais de 25 anos talvez tenha notado o quanto sua infância foi bem diferente da de hoje. Brincadeiras comuns daquela época, como pega-pega, queimada ou qualquer atividade coletiva saíram de moda. A tecnologia contribuiu radicalmente para a mudança no comportamento infantil. O que se vê hoje é uma legião de crianças isoladas em seus “mundinhos”, entretidas com aplicativos eletrônicos e desinteressadas pelas coisas reais.

O norte-americano Jim Taylor, PhD em psicologia, é um crítico ferrenho da influência tecnológica no mundo infantil. Ele analisou a relação criança x tecnologia e lista os prejuízos causados pelo excesso de tecnologia nos primeiros anos de vida do pequeno.

Uma das constatações do médico: a geração atual de criança está menos altruísta. Ou seja: menos preocupada em ajudar ou oferecer coisas boas ao próximo (altruísmo). Simples: o profissional constatou que as crianças atuais ficam conectadas por horas no computador, no videogame, celular e outros aplicativos, deixando de lado interesses de terceiros.

As crianças também estão deixando de desenvolver a empatia, instrumento fundamental para a construção de amizades e confiança.

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“A tecnologia parece estar minando o desenvolvimento das crianças nesses relacionamentos fundamentais nesta fase de vida. Tem havido aumento grande no narcisismo e declínio na empatia entre os jovens. Embora não podemos atribuir uma relação direta com a tecnologia, é nítido que o surgimento de novas mídias e o maior alcance junto à cultura popular trouxeram prejuízos”, relata Jim Taylor.

Quando a criança está entretida com seus joguinhos eletrônicos, ela não quer saber o que acontece ao seu redor, sendo indiferente aos assuntos de casa. Uma cena comum em recreio de colégios nos tempos atuais é a de várias crianças em silêncio, sentadas uma ao lado da outra, sem qualquer interação, mexendo rapidamente os dedos diante de pequenas telas.

Uma criança que não desenvolve a relação interpessoal pode se tornar um indivíduo inseguro e despreparado para enfrentar pressões, provocações e situações adversas.

O distanciamento de atividades físicas também aumenta o risco de obesidade.

Como enfrentar esse problema real (e virtual) – Não há como vetar a tecnologia ou querer que tudo volte como era 25 anos atrás. A tecnologia existe e pode ser benéfica caso seja bem usada. A questão é como evitar que seu filho também se torne um refém de aplicativos eletrônicos.

Estabeleça limites SEMPRE. A criança precisa saber que existe regras e horários para uso. Evite facilitar o manuseio de aparelhos tecnológicos. Não leve à mão da criança cada tecnologia nova lançada. Estimule a prática de exercícios físicos. Lembre-se que os filhos veem os pais como seus ídolos e heróis.

É cada vez mais comum pais ligarem o laptop com desenhos infantis em frente ao bebê enquanto fazem refeição “em paz” por alguns minutos. O pequeno fica hipnotizado, imóvel, dentro do carrinho de bebê enquanto assiste ao desenho. Perguntas: vale introduzir a eletrônica tão cedo na vida do filho? Será que não há um passatempo mais comunicativo e interessante para apresentar? Você se sentirá culpado caso seu filho anos mais tarde venha a ficar horas à frente da TV como foi ensinado logo quando ele era pequenininho?

É importante frisar que as crianças da nova geração são vítimas e não vilãs. Cabe aos pais impedir que seu filho seja uma pessoa que só funciona quando está “plugada”. Pense duas vezes antes de entupir seus filhos de joguinhos e coisas do gênero. Reúna força para dizer “não” e invista no oferecimento de práticas mais saudáveis e humanas.

Bruno Rodrigues

Fonte: http://www.desenvolvimentodobebe.com.br/criancas-refens-da-tecnologia/